Dá-se uma voltinha pelas redes sociais e não se acredita:
"Estão a vender a equipa toda!"... "Estamos a vender a preço de saldo"... "É o BES que está a impor estas vendas!"
Porque o Vermelho Directo sabe que assim não é, cumpre-nos desmistificar estas ideias.
A primeira ideia que é preciso desmistificar é que a crise do BES não está a impor porra nenhuma. O Benfica tem a sua situação financeira controlada, e os seus compromissos com a banca mantêm-se inalterados, quer esta viva dias tranquilos, quer esteja com a corda na garganta. Quem tem um crédito à habitação feito no BES sabe que o banco não lhes está a exigir que pague até ao final do mês tudo o que resta pagar da casa nova.
A segunda ideia que não corresponde à verdade é que o Benfica está a vender a preço de saldo. Até agora foram vendidos três jogadores – Garay, Markovic e Oblak. São todos casos diferentes, mas o que têm em comum é que os valores encaixados correspondem aos valores das cláusulas de rescisão (já lá vamos).
E esta inflexibilidade do Benfica na mesa das negociações mostra que não há interesse do clube em desfazer-se de jogadores considerados importantes para os objectivos desportivos da equipa. Portanto, a ideia de que o Benfica está a desmantelar a equipa campeã também não é verdadeira. O que acontece é que não somos os únicos a reconhecer a valia desses jogadores, que conquistaram quase tudo na época passada e que se tornaram muito apetecidos no mercado. Quando alguém se mostra disposto a accionar a cláusula de rescisão, só a vontade do jogador pode travar o negócio, e isso não tem acontecido.
Garay – Como tivemos oportunidade de explicar num post anterior, apesar de o jogador ter apenas mais um ano de contrato, o Benfica não facilitou em nada as negociações aos russos. Os números vindos a público percebem-se como forma de contornar a parte do Real Madrid. O Benfica nunca teria alinhado no esquema dos russos se não lucrasse mais do que com a cláusula de rescisão, podem ter a certeza.
Markovic – Toda a gente percebe a preponderância neste negócio do fundo que detinha o jogador. O clube funciona apenas como barriga de aluguer, sabe que o bebé não é bem seu, que já está vendido. E, como em tudo na vida, manda quem tem o dinheiro, e o Benfica recebeu a parte a que tinha direito. Podemos questionar, sim, se o clube deve participar neste tipo de negócios que lhe vai permitindo contar com o concurso de jogadores como Markovic ou Ramires. Quando corre bem, lamentamos encaixar menos do que podíamos; quando corre menos bem (como no caso de Ola John), ninguém lamenta que não se tenha perdido tudo.
Oblak – Uma pena. Logo agora que tínhamos descoberto um guarda-redes de que todos gostávamos, ficamos sem ele. Mas o facto de não se ter apresentado no Seixal e de ter sido visto a cumprir exames médicos em Madrid mostra bem de que lado está o interesse na transferência. Vieira tem razão quando diz que não ficaremos com jogadores contrariados. Este não se deixou contrariar.
É possível que mais jogadores de que gostamos deixem a Luz neste Verão. Mas parem de dizer disparates: não estamos a desmantelar um campeão, nem a vender em saldo, nem a cumprir ordens do BES. É o mercado, estúpido!
Pois, até pode ter algum sentido o que dizes, mas para já Oblak ainda não está vendido (ou estará); mas mais assustador tem sido a política de contratações.
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