sexta-feira, 4 de julho de 2014

É cansativo...


Depois da gloriosa época passada, os jogadores benfiquistas estão naturalmente muito valorizados. Facto.

Os empresários vêem nisto uma oportunidade de facturar em grande, mostrando-se muito activos no mercado. É natural que assim seja.

Os jogadores por vezes nem têm especial vontade de sair, mas os números com que são confrontados dão-lhes a volta à cabeça, como é exemplo o contrato que o Zenit ofereceu a Garay. É outro facto.

Tudo isto é normal e legítimo. O que não é legítimo mas infelizmente se vai tornando normal é que órgãos de comunicação social, que dizem cumprir na sociedade a missão de informar o público, se prestem afinal ao triste papel de desinformar toda a gente, vergando-se aos interesses de quem manda intoxicar a opinião pública com informação que não é verdadeira e tem claramente segundas intenções.

É o caso, por exemplo, do jornal A Bola, que hoje põe Gaitán a caminho do Atlético de Madrid, quando antes ia para o Manchester United e, antes disso, para o Galatasaray. Para não falar de Oblak, que às segundas, quartas e sextas vai para Madrid, e às terças, quintas e sábados é dado como certo em Valência.

A reacção de Enzo Pérez, no Brasil, à imprensa portuguesa também tem isto na sua génese. Desagradado com a especulação que os jornais fazem em torno do seu futuro, publicando lixo que ele sabe ser mentira, o jogador não encontrou melhor resposta que mandá-los à merda. Quem o pode censurar?

O Benfica é neste momento uma traineira carregadinha de bom peixe atacada, de todos os lados, por dezenas de gaivotas que só querem beneficiar do trabalho de outros. Tudo bem, é da sua natureza, nem se estranha. O que é lamentável é que alguém se dê ao trabalho de ainda embrulhar esse peixe em papel de jornal. A ASAE permite isto?

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